(Alma)
A
rapariga deixou o seu companheiro da última noite ir-se embora até
à casa de banho e ouviu a água correr pela banheira e os
pensamentos começaram a invadir-lhe, havia traído Iker e ela
sentia-se terrivelmente mal por isso, mas já o havia feito, nada o
iria mudar, iria aprender a lidar com a dor da traição não iria
conseguir esconder e que havia feito, nem se sentiria bem se o
fizesse, mas o que mais a magoava não era a dor que iria sentir e já
sentia, mas a dor de magoar outras duas pessoas, isso sim, deixava-a
de rastos, Iker nunca a perdoaria, iria terminar a relação e iria
ficar terrivelmente magoado e desconfiaria sempre dos próximos
amores que se atravessassem na sua vida e iria ser infeliz durante os
próximos tempos, era difícil recuperar e ela sabia-o.
Mustafi...
Era um homem encantador, lindo e extremamente atraente e tinha um
coração enorme, era inteligente e culto, ela estava encantada com
ele. Já para não falar do que fizeram! Não queria acreditar que
ele era virgem, havia-a satisfeito de todas as formas possíveis,
como nem Iker a tinha satisfeito algumas vezes! Se se tivessem
conhecido doutra forma e noutras circunstâncias, a vida deles seria
completamente diferente, ela sabia-o. Provavelmente se Mustafi
tivesse aparecido na vez de Iker, provavelmente Iker nunca se havia
cruzado, mas a vida trocara-lhes as voltas. Como era possível um
rapaz que mal conhecera dar-lhe uma volta ao coração tão grande? E
ela nem sabia o primeiro nome dele... Mas não era nem cedo nem tarde
para o descobrir! Enrolou-se no lençol e foi até à casa de
banho... Que azar, conseguia vê-lo completamente despido, de costas
e a tomar banho e a cantar, que imagem tão engraçada! Não aguentou
e riu-se, ele olhou para trás e riu-se também.
-Precisas
de alguma coisa? - Alma corou.
- Se quiseres eu visto-me, mas como já me viste despido,
não é novidade.
-Achei
piada ao facto de cantares no banho, apenas isso, também cantas no
balneário com os teus colegas?
-Depende...
Sabes sou um rapaz envergonhado.
-Tão
envergonhado que estás despido à minha frente, e conheceste-me
ontem!
-Mas isso é diferente, sabias?
-Mas isso é diferente, sabias?
-Sim,
mas podes continuar a cantar que eu estava a gostar do show. -
Disse sentando-se na sanita.
-Já
acabei de tomar banho, sabias? -
Desligou a água e puxou a toalha para cobrir a cintura.
-Tens
a certeza? - Aproximou-se da
banheira e ainda na parte de fora sorriu-lhe. - Quero saber
o teu primeiro nomes, antes de qualquer coisa.
-Vai
ser mais difícil de pronunciar que o teu, sabes?
-Estou
disposta a tentar... - Sorriu.
-Shkodran.
- Alma olhou confusa para ele,
como que pedindo uma dica como se pronunciava e como se dizia. -
O melhor mesmo é continuares a chamar-me Mustafi. -
Riu.
-Vai
ser difícil chamar-te pelo teu primeiro nomes, por isso vou
arranjar-te uma alcunha engraçada! -
Riram-se. Alma pousou a mão sobre o vidro e ele retribuiu colocando
a sua também. - Não quero que penses que estou
arrependida do que se passou entre nós... O problema não é esse.
-É
o Iker, eu sei, gostas muito dele, eu sei.
-Se
tu tivesses aparecido primeiro, provavelmente nunca haveria nenhum
Iker na minha vida.
-E
já decidiste o que vais fazer... Quanto a nós?
-Vou
acabar com ele. - Disse
decidida. - E dar tempo para nós nos conhecermos melhor e
a partir daí percebermos o que sentimentos um pelo outro.
-Eu
sei o que sinto por ti. -
Confessou ele olhando-a nos olhos.
-Não,
não sabes. Ainda é demasiado cedo para isso. Ainda não me conheces
o suficiente.
-Eu
sei. De verdade. - Disse em
castelhano e depois abriu a porta de vidro da banheira que os
separava e encostou a sua mão esquerda ao pescoço dela e depois
subiu-a até à sua face. Alma sentiu a respiração dele sobre os
seus lábios e fechou os olhos enquanto ele sorria. Ele tomou os
lábios dela como seus e uniram-se como um só. - É por
isto, pelo que me fazes sentir que sei bem o que sinto.
-Eu
também sei, mas quero fazer as coisas de forma correta, entendes? E
não tenho sido justa nem contigo, nem com ele.
-Eu
sei, e por isso vou respeitar o que fizeres, porque sei que achas que
é o melhor para ti.
-Desculpa.
Desculpa pelo que te estou a fazer passar, por tudo. -
Ele colocou o dedo sobre os lábios dela, interrompendo-a.
-Depois
falamos sobre isso, mas primeiro vais tratar da tua vida, vale?
-Vale!
- Sorriram. - E posso
tomar um bom banho agora ou achas que deveria ir alimentar-me
primeiro?
-Toma
lá banho, depois vais para a caminho e tenho lá o pequeno-almoço
para ti.
-Não
mereço tanto.
-Mereces
sim. - Trocaram um sorriso
cúmplice e ele pousou duas toalhas de banho perto da banheira e foi
até à cozinha. Quando terminou de tomar banho, enrolou-se nas
toalhas e foi até ao quarto, onde o alemão estava sentado sobre a
cama com uma pequena mesa cheia de comida.
-Estava
à tua espera.
-Assim
vestido? - O rapaz estava
apenas de boxers.
-Eu
tenho uma t-shirt. - Levanto-se
da cama e tirou uma t-shirt do armário, depois sentou-se na cama
novamente. - E tu vais tomar o pequeno-almoço assim?
-Não,
vou roubar-me uma camisola, que te parece?
-Uma
boa ideia.
Tomara
o pequeno-almoço e foram andado para o carro. Alma indicava o
caminho para sua casa e ele parou o carro junto à porta dela e antes
que ela saísse pousou a mão sobre a perna dela e parou.
-Quero
convidar-te para jantares comigo.
-Eu
aceito. - Piscou-lhe o olho. -
Aqui às 20h?
-Combinado.
Posso pedir-te uma coisa?
-Já
gravei o meu número no teu telemóvel enquanto estavas no banho. -
Piscou-lhe o olho e deu-lhe um beijo bem no canto dos lábios. -
Manda-me mensagem.
-Combinado!
-E
posso pedir-te, também eu, um favor?
-Tudo
o que quiseres, meu bem.
-Dás-me
um último beijo?
Mustafi
ficou surpreendido mas sorriu, era tão bom a forma como ela o fazia
sentir. Aproximou-se dela e ela aproximou-se também dele, estavam a
uma distância mínima, talvez dois, três dedos entre os seus
lábios, sentiam já a respiração a respiração um do outro, o
hálito quente dele batia sobre os lábios dela e ela fechou os olhos
em busca de sentir todas as emoções daquele beijo, mas ele não o
fez, abriu ainda mais a boca e disse:
-Tens
a certeza?
Alma
não conseguia pensar, não conseguia responder com os seus lábios,
arranjou forças nem ela soube ao certo onde e murmurou que sim, que
queria. Ele não hesitou, beijou-a com todo o sentimento e
intensidade que nutriam.
-Uau,
que beijo. - Disse Mustafi e
ambos se riram.
-Tenho
medo de ir.
-Eu
sei.
De
repente alguém bateu no vidro por trás de Alma, assustando-o, mas
rapidamente se voltaram para o vidro e ela... Ela gelou.
-É
o Iker?
Alma
não reagiu, não respondeu, limitou-se a continuar sem reação
possível e Iker abriu a porta furioso e começou a gritar:
-Com
que então não tinha razões para ter ciúmes? -
Agarrou-a num braço e puxou-a para fora do carro. - Eu bem
que tinha razão quando sabia que me enganavas! Ainda por cima com um
tipo qualquer! - Empurrou-a
para o chão e todas as pessoas na rua olharam. - Mas eu
não te admito ouviste? Acabamos! Mas vais-me pagar. -
Mustafi estava fora do carro e deu uma chapada a Iker. Apesar de ser
contra a sua personalidade, não poderia admitir o que via. Deu a
mão a Alma e fê-la levantar-se e ela colocou-se atrás do seu novo
companheiro.
-Vai
para o carro, por favor. -
Pediu o alemão e ela obedeceu. - Nunca mais te voltas a
aproximar dela, senão vais-te arrepender, ouviste? -
Disse em inglês.
Entrou
para dentro do carro e arrancou para longe, não olhando para longe,
não olhando mais para Iker que havia ficado no chão com uma ponta
de sangue no canto da boca. E foi em alta velocidade até ao centro
de treinos, ele ia sério e ela foi a admirá-lo, até que soltou um
sorriso e ele embora focado na estrada, percebeu.
-Estou
com o cabelo terrível, nunca pensei que o sexo o fizesse tão feio!
-Fizemo-lo
ontem à noite, entretanto já tomaste banho, a culpa não é do
sexo, é mesmo tua! - Sorriram.
- Eu não queria estragar-te ainda mais esta manhã, mas
tenho uma coisa a confessar-te. -
Ela falava num misto de castelhano, alemão e inglês, numa única
frase, o que o fazia rir-se. - Não te rias do que estou a
dizer, não tenho culpa que venhas do país do mundo com a língua
mais difícil de se aprender!
-Só
acho piada à mistura de palavras, mas quem precisa de falar quando
se pode fazer outras coisas? -
Ainda com os olhos cravados na estrada, tirou a mão das mudanças e
colocou-a na perna de Alma.
-Não
sejas perverso, Shkodran! - Ele
riu-se. - Disse assim tão mal?
-Não.
- Sorriu. -
Disseste-o maravilhosamente.
-Estás
apenas a ser simpático.
-Juro
que estou a dizer-te a verdade!
-Então
obrigado. Mas o que te tenho a revelar é outra coisa... No mínimo
engraçada!
-Não
me digas que é por causa do comprimento, e que o Iker é melhor de
cama que eu, que já te expliquei que foi a minha primeira vez e ela
não é assim tão pequena! -
Alma corou.
-É
maior que a do Iker está descansado! -
Ele respirou fundo. - Ele é que não entende inglês... E
à bocado...
-Falei
em inglês com ele! - Coçou a
parte de trás da cabeça, era o seu tique envergonhado. -
Não fazia ideia, mas acho que ele percebeu a mensagem.
-Também
acho que sim.
-Não
tens nada que te preocupar, eu vou proteger-te dele e de qualquer
outro mal, mesmo que decidas não ficar comigo.
-Eu
escolhi ficar contigo. -
Mustafi estacionou o carro no estacionamento do centro de treinos e
olhou para ela.
-A
sério?
-Sim!
- Deu-lhe um beijo no canto dos
lábios. - Mas já falamos, vai lá treinar, meu orgulho.
-Quando
voltar falamos sobre tudo, está bem?
-Sim.
- Deram um curto beijo nos
lábios.
-Ficas
bem?
-Sim,
não te preocupes. Vai lá treinar que eu vou tratar de umas coisas.
-Obrigada
e até já! - Trocaram mais um
sorriso e ela viu-o correr até ao balneário onde provavelmente os
outros colegas já estariam também. Sorriu ao vê-lo correr pela
primeira vez, já o conhecida despido mas admirá-lo vestido era
outra sensação completamente diferente... Não eram os olhos de
desejo, mas sim, olhos de apreço, olhos de ternura e talvez com
olhos de quem começava também a gostar realmente, talvez. Aliás
ela sabia que começava a ser amor, mesmo que também gostasse de
Iker era diferente e apesar de temer a religião de Mustafi, queria
arriscar. Pegou no telemóvel e ia telefonar para a irmã mas
percebeu que havia chegado mais um carro ao parque de estacionamento,
afinal Mustafi não era o mais atrasado, ou talvez fosse, não sabia,
não conhecia nenhum outro jogador. Ou talvez conhecesse. José Gayá
saiu do carro e ela saiu também, iria cumprimentá-lo, embora fosse
notório que ele estava com pressa.
-José?
O
rapaz olhou para trás e aproximou-se dela, cumprimentara,-se e o
rapaz parecia claramente constrangido.
-Que
fazes aqui? - Alma havia-se
esquecido completamente que não tinha resposta a essa pergunta...
Não lhe poderia contar tudo sobre a última noite. Ele olhou para o
carro de onde ela saira. - Conheces o Mustafi? -
Ela coçou a cabeça, já começara a ter o tique nervoso dele.
-Sim...
Pode dizer-te que sim.
-A
tua irmã está muito preocupada contigo.
-Como
sabes que ela está preocupada comigo?
O
rapaz corou e calou-se também não tinha resposta.
-Bem,
estou a ficar atrasado, secalhar é melhor ir andado. -
Despediu-se dela com dois beijos e fugiu, sem lhe dar tempo de
responder, ou sequer pensar no que iria responder.
Alma
desconfiou, mas acabou por não dar mais importância ao que
sucedera, entrou para o carro e telefonou para a sua irmã. O
telemóvel tocou, tocou e voltou a tocar e a irmão não atendia.
Telefonou também para a prima mas não atendeu. Estranhou mas
decidiu mandar uma mensagem a Isabel para a descansar:
“Está
tudo bem comigo, não precisas de te preocupar! Logo falamos! Beijos
:) ”
Assim
que enviou a mensagem, decidiu começar a pesquisar sobre o seu recém
companheiro... E os resultados na Internet começaram a surgir. Leu
uma série de entrevistas, o percurso profissional que havia feito
até chegar ao Valência. Percebeu que era um jogador reconhecido mas
com um enorme futuro pela frente, que apesar de aparentar ser mais
velho, tinha apenas 22 anos, entendeu qual era a sua forma de jogar,
e posicionamento, e também conseguiu compreender que ele era
extremamente profissional. Pouco falava ou se sabia sobre a sua vida
pessoal e isso agradava-lhe, não queria ser comentada ou falada pelo
país ou pelo mundo, queria manter a sua privacidade e a sua vida tal
como estava. Pouco ou nada se sabia da sua infância e da sua vida
pessoal, sabia-se sim que ele era muçulmano e ela já o sabia, ele
dissera-lhe logo no começo. Aproveitou para pesquisar também um
pouco sobre futebol, pouco ou nada sabia e queria compreender, ou ter
algumas bases sobre o desporto, e o clube onde ele jogava. E tudo o
que lia era em alemão, e o que não conseguia compreender tentava
procurar a sua tradução, para assim também aumentar o seu nível
cultural e intelectual, principalmente em alemão. Queria também
ajudá-lo a falar melhor castelhano e para isso precisava de saber
melhor o alemão, em caso de aflição, usavam o inglês e era
habitual fazerem-no em algumas palavras, assim conseguiam comunicar e
divertirem-se ao mesmo tempo. Acabou também por nascer uma certa
curiosidade sobre a religião dele... Durante a sua vida ouvira falar
bastante e nos últimos meses ouvira falar ainda mais e queria saber
mais e mais, queria tornar-se mais culta, queria que ele notasse que
ela se empenhava por ele e por aceitar as diferenças notórias entre
eles. Mas a curiosidade sobre a cultura e a religião dele também
despertaram. As suas pesquisas deram resultado e acabou por aceder
também a blogues com testemunhos de jovens que se haviam convertido
ao Islão, e também de raparigas que casaram com muçulmanos e no
próprio dia do casamento se arrependeram... Porque eles modificaram
completamente. Ela ingeriu tudo o que descobriu e as lágrimas
vieram-lhe aos olhos, custava-lhe tanto. Até que uma música se
ouviu tocar na rádio:
Lucky
you were born that far away so (Sorte
a tua por teres nascido tão longe)
So
we could both make fun of distance (Porque
pudemos brincar com a distância)
Lucky
that I love a foreign land for (Sorte
que eu adore uma terra estranha)
The
lucky fact of your existence (Apenas
pelo facto da tua existência)
Baby
I wold climb the Andes solely (Bebé,
eu escalava os Andes, apenas)
To
count the freckles on your body (Para
contar as sardas do teu corpo)
Never could imagine there were only (Nunca
poderia imaginar dizer que havia)
Ten
million way to love somebody (Dez
milhões de formas de amar alguém)
Le
do lo le lo le, Le do lo le do le
Can't
you see... I'm at your feet (Não
consegues ver... Estou a teus pés)
Whenever,
Wherever (Em qualquer momento,
em qualquer lugar)
We're
meant to be together (Nós fomos
feitos para estarmos juntos)
I'll
be there and you'll be near (E
eu estarei lá e tu estarás por perto)
And
that's the deal my dear (É esse
o acordo, meu querido)
There
over, here under (Lá em cima,
lá em baixo)
You'll
never have to wonder (Nunca
terás de perguntar)
We
can always play by ear (Nós
pudemos sempre improvisar)
But
that's the deal my dear (Mas é
esse o acordo, meu querido)
Lucku
that my lips not only mumble (Sorte
que os meus lábios não só resmungam)
They
spill kisses like a fountain (Também
derramam beijos como uma fonte)
Lucky
that my breasts are small and humble (Sorte
que o meu peito é pequeno e humilde)
So
you don't confuse them with mountains (Assim
não os confundes com montanhas)
Lucky
I have strong legs like my mother (Sorte
que tenho pernas fortes como a minha mãe)
To
run for cover when I need it (Para
correr para um abrigo quando precisar)
And
these two eyes that for no other (E estes dois olhos não são para
nenhum outro)
The
way you leave will cry a river (No
dia em que partires, chorarei um rio)
Le
do lo le lo le, Le do lo le do le
Can't
you see... I'm at your feet (Não
consegues ver... Estou a teus pés)
Think
out loud, say it again (Pensa em
voz alta, diz novamente)
Le
do lo le lo le lo le
Tell
me one more time (Diz-me mais
uma vez)
That
you'll live (Que viverás)
Lost
in my eyes (Perdido nos meus
olhos)
Whenever,
Wherever (Em qualquer momento,
em qualquer lugar)
We're
meant to be together (Nós fomos
feitos para estarmos juntos)
I'll
be there and you'll be near (E
eu estarei lá e tu estarás por perto)
And
that's the deal my dear (É esse
o acordo, meu querido)
There
over, here under (Lá em cima,
lá em baixo)
You'll
never have to wonder (Nunca
terás de perguntar)
We
can always play by ear (Nós
pudemos sempre improvisar)
But
that's the deal my dear (Mas é
esse o acordo, meu querido)
Embora
a música lhe dissesse tanto... E descrevia a relação e o amor que
sentia pelo alemão, não conseguia esconder as suas inseguranças e
medos, chorou, chorou e chorou... Era demasiado perfeito para ser
realidade e tinha de abrir os olhos. Até que ao longe viu Mustafi
que correu até junto do carro, abriu a porta e abraçou-a. Ela
pousou as mãos no seu peito e sentiu-se receosa, mas calma
simultaneamente.
-Que
há passado, mi amor? -
Perguntou com o seu (fraco) sotaque castelhano.
Será
que Alma vai contar a verdade?
Será
que os seus medos serão fundamentados? E a história com Iker?